domingo, 21 de novembro de 2010

JULGAMENTO



A sabedoria espiritual ensina que o homem deve ser cauteloso e justo no ato de julgar.

Quantas vezes a nossa mente é turvada pela ignorância, o ódio e a inveja, fazendo-nos emitir a opinião que fere.

Como é fácil a influência da paixão e de impulsos mesquinhos confundir o nosso coração calando-lhe a voz do bem e do puro.

Que uso se faz do orgulho, em momentos vários, a ponto de negar o certo e violentar a razão?

Quem desconhece a inglória covardia que conduz o homem a ferir e humilhar ao justo e aplaudir e consagrar o impuro?

A que levam os interesses subalternos da matéria e dos baixos instintos na definição das atitudes e no desencadear das ações?

Lembrai-vos, pois, irmão em vida: o julgamento humano é falho e vicioso, quando não inspirados nas lições supremas do Criador.

sábado, 20 de novembro de 2010

EM NOME DE DEUS



A queda espiritual do homem é conseqüência de seus próprios erros e de seus desatinos.

Nascido simples o espírito humano tem, desde os graus inferiores da escala, o impulso para ação sábia e equilibrada na existência.

A turbulência do mundo e o desequilíbrio das almas em disputas de ódio são fatos que alteram, em princípio, a potencialidade natural para o progresso espiritual.

Conseqüência de situações adversas criadas pelo próprio homem, em instantes de insensatez e obscurantismo, o orbe terráqueo transformou-se em área de conflitos e desastres morais.

Vistos do alto, nos planos elevados da inspiração divina, a Terra e a Humanidade se integram em regiões que transitam do caos à elevação moral.

Ficais alerta, pois, vós puros e mansos de coração, iluminados e eleitos do Senhor, para as grandes missões salvacionistas. Intensificais, vós que crêem na vida eterna, o trabalho dedicado de regeneração. Acordais todos vós que amam e perdoam para a missão a cumprir na terra em honra e em nome de Deus.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

FELICIDADE



A felicidade está ao alcance de todos porque assim quis a magnanimidade de Deus. Ela não depende das riquezas e posses que apenas os privilegiados materiais obtiveram.

Ser feliz resulta apenas da atitude interior que dispõe a mente para a compreensão da vida no que determina as soberanas leis da Criação.

É feliz o que aceita seus caminhos e compreende o papel das limitações. O que sente a significação maior de todas as provações. E o que consegue ter o equilíbrio de agradecer o que lhe foi conferido sem perder-se nas ambições desmedidas.

Felicidade é olhar o valor e o lado positivo de todas as experiências vividas. É agradecer as bênçãos e favores recebidos, sem confrontar a sorte do próximo. É usufruir o melhor que lhe trouxe a divina providência sem olvidar o irmão deserdado.

Felicidade é livrar o coração de vícios e torpezas, ser simples e crente no Senhor, recebendo todos os eventos e testes com otimismo e fé na divina providência e na justiça eterna.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

ADORAÇÃO



Através dos séculos os homens cultuaram os deuses simbólicos que geraram suas convicções. Nas estradas do tempo a humanidade tem se dedicado à adoração de imagens e representações de deuses e suas pretensas qualidades

Tudo como forma de buscar o próprio reconforto na glorificação de alegorias e representações materiais. E o homem insistiu e repete o mesmo equívoco de pretender representar Deus ou obter suas graças nas práticas formais de ritos e consagrações.

Deus, contudo, está acima das faculdades humanas de conceber e criar. Impotente é o homem na sua recriação simbólica. Frágil sua crença de concebê-lo externamente, distante e inatingível.

Deus está próximo, pelo contrário, ao alcance permanente na via da meditação e do pensamento, manifesto em suas virtudes de ordem, justiça e pureza universais.

E vivencia o divino aquele que reconhece o Deus presente em si mesmo e em todas as circunstancias existenciais, sintonizando pela prece silenciosa a excelsa bondade e as energias fortalecedoras do Todo Poderoso.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

ENCONTRO MARCADO



É possível ao homem fugir por longo tempo e por toda uma existência do encontro que lhe desagrada ou contraria.

Pode o Ser evitar os semelhantes, recusar amigos e escolher convivências, buscar apenas aqueles que lhe são afins.

Adiam-se compromissos e quebram-se os pactos solenes, na manifestação quase absoluta de poder que faz ao homem pensar às vezes ser um semideus.

Capaz é o homem de impor suas leis, ser bárbaro e destruidor, impondo-se sobre os que lhe servem, e mesmo destruir vidas e as mais sólidas obras materiais.

Costuma-se falar em poder e prepotência, que alguns fazem das glórias obtidas, como se fosse prova de autonomia eterna e de plena liberdade de fazer.

Pode o indivíduo ao bem recusar, viver livre no mal e na loucura, fugir das leis dos homens e da própria consciência.

Não escapará, entretanto, no amanhã espiritual, ao encontro marcado com a Justiça Divina para revisão de todos os seus atos.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

CONTRASTES




A vida oferece a quem observa, nos seus múltiplos aspectos e momentos, contrastes intensos e traspassados de ensinos. São lições claras para orientação do espírito em trânsito.

O comportamento dos seres em evolução, nos diversos níveis sociais e nas distintas culturas, reflete afirmações superiores da existência do plano espiritual onde as contradições desaparecem.

Seria inexplicável a discriminação existente, no reino animal, na graduação dos seres até a supremacia intelectual do homem.

Não haveria explicação para a díspare situação entre povos da terra, nos extremos da barbárie ao nível de pleno avanço tecnológico.

Difícil seria entender mesmo o contraste de poder e dependência, riqueza e pauperismo, saúde e insanidade, glória e obscuridade, felicidade e sofrimento, tão comum no largo palco da vida.

Injusta a existência dos contrastes sem valia, não fora a efetiva advertência de que em tudo há apenas a linha continuada da evolução – dos seres sobre a terra – a constituir um todo justo e providencial.


segunda-feira, 15 de novembro de 2010

CONSELHEIROS



Errar é humano, diz o provérbio popular, justificando os equívocos da conduta do homem que se conduz pelos apelos e estímulos inferiores.

A terra, nossa abençoada escola, segue como a comunidade não evoluída em cujas manifestações preponderam os valores materiais.

E o homem imperfeito que prossegue errando em seus desvios tentadores, todavia, conta com a ajuda providencial dos conselheiros invisíveis.

São eles os espíritos guias e os anjos de guarda, que sugerem o caminho do bem e inspiram a ação purificadora.

Mensageiros divinos, espíritos benfeitores, persistem na missão de salvar, ainda que hajam as consciências seduzidas pelo mal, fascinados pelas loucuras mundanas, incapazes de ouvir a voz orientadora.

A graça divina concederá mesmo assim, no momento de despertar e reflexão do ser desgarrado, em resposta a cada apelo a ajuda redobrada, em cada oração a resposta salvadora, e nas grandes provações o bálsamo de luz confortadora.