terça-feira, 2 de novembro de 2010
AUSÊNCIA
A existência vai ensinar-nos as mais ricas lições de sabedoria, em ciclos de aprendizagem que são impostos pela necessidade de evolução.
Sem dúvida, dentre os ensinamentos de vida ascendente, há ressaltando no conjunto, a constatação lógica que somente a valia prática de coisas e idéias acaba por indicar o justo caminho de elevação.
Menospreza-se o amor fraterno e verdadeiro, em fases de indiferença e egoísmo, mas, descobre-se a essencialidade quando falta-nos o amparo e o interesse amigo nos momentos de queda e insucesso.
Esquece-se da saúde física, quando excêntricas satisfações e prazeres são impostos ao corpo e à mente, mas, chora-se a falta de energia e equilíbrio quando o organismo padece e mergulha na faixa das enfermidades depuradoras.
Descura-se da prosperidade, quer ostentando-a sem pudor, quer negando auxílio ao carente , mas, lamenta-se a perda dos bens e posses quando a justiça divina submete-nos aos testes de carência e pobreza.
Desconhece-se a função da família, evitando assumir as obrigações próprias dessa instituição divina, para não estorvar os sonhos e aventuras pessoais, mas clama-se por ela quando, já desfeita a fraternidade familiar, chega à nossa porta a triste constatação de abandono.
Abjura-se Deus, no período ilusório de orgulho e vaidade, mas, busca-se a luz salvadora do Pai quando, chegada a hora de acerto, reconhece-se sua presença Justa e Eterna.
Nas lições da vida, em que nos falta tudo aquilo que tivemos com desprezo e indiferença, com abuso e egoísmo, a lição da ausência tem a mais eficaz das funções regenerativas.
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