Dentre os problemas que afligem o homem hodierno figura a constatação de que, cada vez mais, sobra tempo para ser preenchido por atividades extra-trabalho. É a questão que se resume na crise do lazer.
As legiões de seres encarnados não sabem o que fazer com o tempo livre em cada dia, dirigir suas energias excedentes e aplicar seu potencial nas horas liberadas do labor cotidiano.
A problemática atinge aos jovens, as pessoas em plena atividade profissional, e os idosos já aposentados, mas ainda dotados de energias produtivas. Todos são atingidos na questão e cada qual tenta a solução particularizada.
Do ponto de vista social, a problemática é explosiva, desde que pessoas desocupadas, sem objetivos úteis, presas ao ócio nocivo, acabam em desvios graves de comportamento e são atestados lamentáveis da incúria dos setores especializados.
O Lazer merece a discussão mais aguda e extensiva, pois, abarca ângulos sensíveis da vida humana e tem conotações de ordem moral e espiritual.
Planejar a vida comunitária para o lazer é imperativo do mundo atual. Estimular atividades grupais úteis, desde aquelas que visem a utilização de energias físicas até as que se voltam para a realização mental os homens. O tema está a exigir a definição precisa de como canalizar a força criadora e a vitalidade das populações, em todos os níveis etários.
Insistimos na problemática do Lazer para que ninguém se omita e, principalmente, os mais esclarecidos a quem caberá parcela ponderável de contribuição no estabelecimento de alternativas ocupacionais dignas para quem o tempo que sobra do trabalho útil é pura e simplesmente desperdício.
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