domingo, 22 de agosto de 2010

MALES EVITÁVEIS





O mundo assiste a crescentes problemas gerados por vícios sociais, aqueles que mesmo indiscutivelmente nocivos são, contudo, fomentados pelo hábito e por expressivos interesses econômicos.

Difícil dizer-se qual mais sério desses cancros que minando o equilíbrio e a vitalidade dos homens, desviando- do bem e da sobriedade, trazem-lhe distúrbios psíquicos de base moral e material, e roubam seus bens financeiros. Problemas que dos meros casos individualizados, ampliam-se aos grupos sociais e atingem as comunidades nacionais como um todo.

Salta aos nossos olhos, no entanto, o predomínio do álcool como o destruidor de personalidades sãs, o inimigo sorrateiro que penetra na vontade frágil como simples fonte de alegria e revela-se mais tarde vil algoz gerador de funestos desígnios.

Há a solerte propaganda do vício, vestida de imagens sugestivas e apelos fortes com toda a técnica hábil dos grandes publicitários e o melhor requinte dos recursos modernos dos veículos de divulgação.

Há a facilidade ampla, o custo acessível a cada bolsa, a casa acolhedora do vício, em cada esquina e para todos os níveis.

Há toda a cadeia de concessões – de geração a geração, não refletida e ignorando a imensa legião de derrotados do álcool que chegaram às doenças irreversíveis, ao crime, à demência e à morte.

Deveríamos repetir, agora e sempre, que o álcool é o instrumento do mal que chega como inofensivo apelo à estimulação dos sentidos e da alegria e, em troca, deixa a amarga realidade de quedas morais e embotamento da personalidade, a par das chagas físicas e do imenso rol de sofrimentos que acarreta como destruidor de sonhos de paz, harmonia e felicidade.

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