terça-feira, 31 de agosto de 2010

DOIS VALORES




Ninguém há de negar que a não militância no mal já é motivo de reconhecer-se dignidade e sabedoria de quem assim age. Se todos isto fizessem já imensa seria a transformação da terra.

Mas, ao que já foge do mal e recusa-se a compartilhar com a indignidade e o desequilíbrio, é bom lembrarmos a produção do Bem sob todas as formas.

E se é precioso agir-se efetivamente na seara da Bondade e do Amor, mais sábio será distinguir dois valores que se contrapõem no caminho, escolhendo-se a justa alternativa, pois somente esta gera dividendos nos céus.

Assim lembremos aos bondosos seareiros que se equivocam no caminho as mais freqüentes ilusões.

A caridade condicionada, que exige a moeda material em troca, não é Caridade, é negócio.

A ajuda fraterna interessada, que antecipa vantagens pessoais na permuta de influências e benefícios, não é Fraternidade, é egoísmo.

O ato de esclarecimento que se move no orgulho, infla o Ego e assume graus de superioridade, não é ato de Amor, mas mera vaidade.

A tolerância indiferente, que vê com desprezo o irmão presente, não é ato de Magnanimidade, mas simples conveniência.

A adoração a Deus sob motivos de temor e interesse, preocupada apenas em safar-se da justiça divina ou obter lucros, não é Elevação, mas satisfação de anseios transitórios.

A pureza externa e a bondade de fachada, para uso da convivência social enganadora, não são testemunhos de Purificação, mas repetem os sepulcros caiados anatematizados por Cristo.

Se somos já infensos ao mal, busquemos atingir a Bondade pura e integral, reconhecendo que só há Caridade, Fraternidade, Amor, Magnanimidade, Elevação e Pureza, quando traduzirmos em atos autênticos de bondade os impulsos incondicionais, desinteressados e divinos de nosso Espírito superior.

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