terça-feira, 14 de setembro de 2010

MÉDIUM



A florescente manifestação da pura essência espiritual é o elo gerador da faculdade árdua e difícil que enobrece o ser.

Como um mero instrumento de comunicação a serviço de forças e entidades que não lhe é permitido conhecer, há de servir com desdobrado afã e sem fadiga e protesto.

Qual ferramenta sólida na mão do obreiro hábil e disposto, que foi forjada para os testes mais decisivos, não falhará nas mãos de mensageiros e amigos que lhe agradecem o zelo e a fibra na eficácia de seu desempenho.

Conquanto não se lhe reconheça amiúde qualquer direito ou se lhe conceda importância, só existirá a contínua função produtiva sob o impulso irresistível de íntima vocação.

A todos será útil, de formas diversas, despertando os mais contraditórios sentimentos e apelos, mas permanecerá sereno e manso na sábia aceitação do seu papel específico.

Há em torno do médium, bem verdade, o mistério das coisas eternas e inabarcáveis pela consciência comum dos que transitam na terra.

Ele é o enigma, a fonte de surpresas, a indagação essencial, o fio da esperança, o traço de união com a eternidade, a afirmação de amor, a chama da espiritualidade, o veículo da fraternidade e o símbolo do serviço.

Se tudo isto aceitar, com fé em Deus e amor a Jesus, será o médium ainda mais o Espírito vitorioso que cumpriu sua missão, vivenciou e serviu, colhendo louros pela simplicidade em seu recolhimento espiritual.

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